12.10.08

O sertão vai virar mar

Qualquer dependência, quando identificada, dava-lhe a sensação de calafrios.
Poderia ter a liberdade de não gostar de depender de sentimento ou alguém?

Agradecida.

Talvez não fosse bem dependência a palavra, mas aquela coisa que de tempos em tempos – e com o passar do tempo vai diminuindo o intervalo de tempo -
te lembra que existe ali dentro de você e apita: aí a mente voa.
Vai pro espaço mesmo, e o wake up: “volta aqui, mundo real, foco”.

Uma lástima, ela diria.
Sim, porque aí é aquele beco de indecisão.

"Oras bolas, até a pouco eram só eu e meus problemas filosóficos, teóricos,
Empíricos, melancólicos, reclamões, divinos, alegres, engraçados, mas meus!
Era só Deus e eu."

E mesmo que preces claramente gritassem “mudanças!”
Assim ela não entende, e se não entende, não quer (?!)

Agora não. Vejam só.

Isso deveria acontecer mediante licença, licitação que fosse.
“por favor, com licença, há alguém em casa, posso entrar?”

"Quando foi que ouvistes o pedido secreto?

E o que fazer com o não-gostar de gostar?
Há de se criar uma grande compensação,
senão, aviso, não dá jeito."

E aí fica assim, nesse sabe e não-sabe
Nesse imbróglio danado.

"É o diacho de querer ter tudo sob controle, sei que é."
A falsa idéia de segurança em ter tudo nas mãos.
O achar que sabe e saber que não sabe.
Medo danado, gato escaldado.

Mas não culpe a pobre pequena,
São coisas das circunstâncias, da eterna busca pela perfeição.
A verdade é que ela nada sabe e espera descobrir em companhia,
Fazer do teórico lírico, e da realidade uma que inspire encenação.

Por isso não se incomode com toda essa estranheza,
Lá no fundo há simples resolução.
Tudo que é duradouro é regado com suor e lágrimas,
E toda conquista pressupõe muita ação.

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