31.12.07

Ahhh, a comunicação...

Pra linkar com o blog. Pra fechar o ano. Gostei pq é simples e intenso. É belo. É Quintana.

Comunicação.

... mas a Grande Mensagem
- quem diria?
era mesmo a daquele profeta que todos pensaram
que fosse um louco
só porque saiu desfilando nu pelas ruas,
com um enorme cartaz inteiramente em branco...

Mário Quintana

Loucura? Que venham mais, abençoadas, em 2008. Isso é que é viver!

Happy and Blessed New Year for you!

27.12.07

Adios à comodidade

Insistir é perseverar.
Me identifiquei.

Insista
por Fabrício Carpinejar (http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br/)



Sempre insista. Fale mais do que seja possível pensar. Insista. Temos que ter a capacidade de superar as resistências. Toda primeira conversa enfrentará uma série de inconvenientes. Mas insista. Não recue com a gafe, com o estardalhaço, com a vergonha. Siga adiante. Comece a rir sozinha. Rir é receber a pergunta: o que você está rindo? Rir é ser perguntado. Não há motivo para rir, rir é se abraçar. Minha risada é meu gemido público. Acordar me deixa excitado.

Talvez aquela amiga não queira namorá-lo para não estragar a amizade. Portanto, diga: quero hoje estragar nossa amizade. Estragar de jeito. Arruinar nossa amizade. Corromper nossa amizade.

Estrague fundo, o amor pode estar recolhido nela. Mas não aceite tão rápido o que ela não acredita. É disfarce, vivemos disfarçados de normalzinho, de ponderado, de retraído, porque a verdade quando surge faz atitudes impensadas, como comer algodão-doce nesta terça-feira diante de uma escola de normalistas. Que saudades de acenar para uma freira dirigindo um fusca. Deus é uma freira dirigindo um fusca. Tenho saudades de me exibir cortando laranjas. As tiras simétricas, os cabelos loiros da laranjeira. Tenho saudade de passear com a minha laranjeira.

Não se explique, insista. Eu não vou ficar esperando alguém me salvar. Eu mesmo me salvo. Eu mesmo me arrumo para a loucura.

Insista. O apaixonado cria sua boca. Cria sua boca para cada boca. Caso tenha prometido ir atrás dele, vá. Telefone, ainda que atrasada dois anos da promessa. Volte atrás, não queria pensar com os olhos, a boca são olhos mais atentos.

Não se intimide ao encontrar seu homem no momento errado. É sempre o momento errado. Seja o momento errado da vida dele. Mas seja parte da vida dele.

Seja o erro mais contundente da vida dele. Seja a vida do seu erro, para ele errar mais seguido.

Talvez aquele amigo não converse para manter a aparência de misterioso. Talvez ele nem saiba conversar, seja incompetente. Insista. Uma hora ele vai tomar um porre do seu silêncio, sentar no meio-fio e falar aramaico. Todo homem guardado uma hora fala aramaico. Insista, esteja perto para o sermão dos pássaros no viaduto.

A vida mete medo quando ela não é formalidade, não temos como nos defender do que parte dos dentes. Tenha um medo assombroso da vida, que é mais justo, deixe a morte com ciúme e inveja, deixe a morte sem dançar.

Não fique articulando frases inteligentes, comoventes, certas. Insista. Sei o valor de uma fantasia, mas insista. Tropeçar ainda é andar, pedir desculpa ainda é avançar, concentre-se na dispersão.

Ninguém quer falar com ninguém. Mas insista. Na sala do dentista, no trem, no ônibus, no elevador. Insista. O que mais precisamos é estranheza para reencontrar a intimidade. Não há nada íntimo que não tenha sido estranho um dia. Seja estranho com o ascensorista, com o porteiro do prédio, com a colega. Declare-se apaixonado antecipadamente. Depois encontre um jeito de pagar. Ame por empréstimo. Ame devendo. Ame falindo.

Mas não crie arrependimentos por aquilo que não foi feito. Sejamos mais reais em nossas dores.

Tudo o que não aconteceu é perfeito. Dê chance para a imperfeição. Insista.

Estou cansado de me defender - sou só ataque. Insisto.

26.12.07

Saiu na Folha.

Toma lá, dá cá. Algo bom na imprensa.

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"Deus está morto. Deus continua morto"?
("A Gaia Ciência", Friedrich W. Nietzsche)

NÃO

O Natal não é um delírio
JOÃO HELIOFAR DE JESUS VILLAR


PARECE QUE nada está mais na moda do que falar mal de Deus. O mundo assiste a um novo e estranho fenômeno: o ateísmo militante, evangelista. O que se vê não é apenas o discreto ceticismo inaugurado por David Hume ou o racionalismo que se levantou a partir do iluminismo na Europa. O ateísmo tornou-se militante, irado, e quer que Deus
desapareça. Não se trata mais de uma filosófica declaração de que Deus está morto, mas de um imperativo de que Ele deve ser enterrado.

Talvez nunca se tenham dedicado, simultaneamente, tantas linhas para atacar e destruir a fé em geral e o cristianismo em particular. Em edições sucessivas, Richard Dawkins, Sam Harris, Christopher Hitchens e Daniel Dennett pregam agressivamente o evangelho ateísta, cuja luz consiste em esclarecer ao mundo que Deus não passa de uma invenção humana. E nociva. Segundo o novo evangelho, a religião é incompatível com a ciência, obscurantista em sua essência, imoral e causadora das guerras e dos conflitos mais penosos vividos na experiência humana. Deus é um delírio, afirma Dawkins, e a religião envenena tudo, sustenta Hitchens.

Intriga nisso tudo o silêncio, quase monástico, nas hostes cristãs. Essas acusações são irrespondíveis?

Tome-se a suposta incompatibilidade da fé em Deus com a ciência. Newton, Kepler, Lavoisier, Mendel, Galileu e tantos outros não eram cristãos? Todos conceberam a ciência a partir da idéia de que o universo foi criado por um ser racional e, por isso, é regido por leis e princípios que podem ser apreendidos racionalmente. Como o ateísmo explica a magnífica racionalidade do universo, que se expressa em linguagem matemática? A fé judaico-cristã , aliás, foi a primeira a excluir a natureza da esfera do sagrado e possibilitar sua observação, manipulação e estudo. Além disso, as grandes universidades nasceram em igrejas: Paris, Bologna, Oxford, Harvard e Princeton eram seminários cristãos.

A religião envenenou Michelangelo, Dante, Bach, a arquitetura gótica e tantas outras realizações inconcebíveis sem a fé cristã? A sociedade ocidental jamais poderá ser compreendida sem os valores herdados do cristianismo. A compaixão, por exemplo, brilhantemente ilustrada na parábola do bom samaritano. Seu berço não poderia ser a
Grécia. Os espartanos deixavam os bebês que nasciam mais débeis para morrer ao relento e Platão flerta abertamente com a eugenia em "A República". É o cristianismo que afirma a misericórdia como um valor inegociável, que constitui o gérmen para o serviço social, a expansão dos hospitais etc.

Mas a escravidão não foi tolerada por séculos pela cristandade? Na verdade, a escravidão foi um fenômeno histórico universal: na China e em toda a Ásia, na África e, inclusive, entre os índios da América pré-colombiana. Não encontrou oposição na Grécia, nem mesmo em seu momento mais luminoso. Nunca foi questionada. Quando se torna controversa pela primeira vez? A reação vem inicialmente dos quackers, no século 18, e, em seguida, a concepção de que todos os homens foram criados iguais inspirou o pietista William Wilberforce a lutar tenazmente contra o mal no Parlamento inglês até vencê-lo completamente.

Na verdade, o assalto ateísta não se justifica nem no destaque dado aos crimes cometidos em nome da fé. A história já mostrou que o fanatismo mata em todo canto -e muito mais nos sistemas que procuraram erradicar toda religião. A loucura não exige credo de tipo algum.

Enfim, dezembro é um bom mês para os cristãos saírem do armário. Não há superioridade intelectual no ateísmo ou, de outro modo, não há inferioridade intelectual na fé cristã. E muito menos inferioridade moral.

Não há por que se esconder dos pregadores da nova fé secular, agressiva e militante. O Natal, mesmo nesta era pós-moderna e pós-cristã, é tempo de afirmar que nada melhor aconteceu à sociedade ocidental do que aquele estranho evento na Palestina, quando uma jovem judia deu à luz Jesus de Nazaré.

Que toquem os sinos em Belém.
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JOÃO HELIOFAR DE JESUS VILLAR, 45, é procurador regional da República da
4ª Região (no Rio Grande do Sul) e cristão evangélico.


http://www1. folha.uol. com.br/fsp/ opiniao/fz221220 0708.htm

23.12.07

O Natal vem vindo, vem vindo o Natal.

Porque as minhas reflexões de fim de ano sempre acabam sendo bregas, piegas, egoístas, aí vai um fluxo de consciência, meio assim, sem pensar em erros ou concordâncias. E é impossível não relembrar tudo que passou. E em meio a tudo que se passou, em cada segundo desse ano frenético, intenso, o que sobressai é o bom perfume, o doce aroma da Misericórdia e Graça desse Deus imenso que eu tão pouco conheço e que desejo tanto conhecer mais e mais.

Vivi. Sorri. Amei. Olhei. Desejei. Rejeitei. Chorei. Orei. Chorei. E Chorei. Emagreci. Cresci. Engordei. Realizei. Escolhi. Errei. Aprendi. Caí. Levantei. Dancei. Cantei. Louvei e Louvei. Atuei. Estudei. Apresentei. Ri. Falei. E Calei. Ganhei. Perdi. Ouvi. Li. Assisti. Caminhei. Corri. Parei. Aconselhei. Descobri. Conheci. Encantei. Desapontei. Me Prendi e me Libertei. Surpreendi. Voei...

E em cada verbo desse, que solto assim pode não significar tanto, tive, mais presente do que nunca, aquele que é o responsável pelos impossíveis desta minha vida: Ele mesmo. O Verbo da Vida que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, o alfa e o ômega, o que era desde o princípio e que ainda o é e para sempre será: Jesus.

Ah, Ele, que daqui a alguns dias é meio que relembrando em meio a tanto ho ho ho. A Ele, seja dada toda honra, glória e Poder, não só no Natal, mas para todo o sempre.

E pra fechar, ta aí o porquê do Natal. Sem enrolações: “Porque Deus AMOU ao mundo de TAL maneira que deu o seu FILHO unigênito, para que TODO o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16

Obs.: Acabou em verbo por puro “acaso”.

Um Maravilhoso Natal pra você. E que venham os verbos de 2008!

Me identificando com a letra de Livre Sou – Leonardo Gonçalves e curtindo o violãozinho bom desse som.

20.12.07

Planta aqui, planta acolá...

"Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.

Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas."

Ec 11: 5-6

12.12.07

Sussa

Venha, abraçar-me de novo,
Me cansei do cansaço
Eu me lanço em seus braços de Amor

Venha, simplesmente me entrego
Tua presença é sossego e Paz
Eu quero é mais do Seu grande Amor

Outras vozes me chamam,
Os ruídos enganam, mas tão logo percebo
Seu afeto e me apego e me entrego,
Eu me entrego.

Venha, abraçar-me de novo
Me cansei do cansaço,
Eu me lanço em Seus braços de Amor,
Hoje e Sempre.
(Vyneard)


"Em vos converterdes e em sossegardes está a vossa salvação, na tranquilidade e na confiança, a vossa força..." Is 30:15

5.12.07

Abraço.

Às vezes bate um aperto no coração, diante de pessoas que talvez eu nem veja mais ou diante de amigos que gritam por socorro em um sorriso disfarçado, ou nas tênues linhas do sarcasmo destrutivo que aborta os próprios sonhos por não acreditar em dias melhores para si. Pessoas que se escondem atrás de uma imagem, mas que, aos olhos atentos, não consegue disfarçar o belo coração sedento por amor.

Dói, e dá vontade de abraçar. Abraçar e dizer o quanto essa pessoa é amada, o quanto é especial e querida e o quanto sua vida é válida sim. Não porque, talvez, um dia ele será rico e famoso ou deixará sua contribuição intelectual para o mundo, porque tudo isso passa e cai no esquecimento, mas simplesmente porque alguém um dia planejou a sua vida e, mais do que isso, deu a sua própria vida por ele para que ele fosse livre! Livre a ponto de não precisar de nada que dizem que precisamos para ser feliz, simples assim.

Confesso que entristece ver uma geração autodestrutiva, sem sonhos ou com sonhos vazios. Não, não! Eu não sou a dona da verdade, nem alguém que acha que pode levar salvação a ninguém, longe disso. Só quero transmitir esse amor, afinal, ele fala mais do que palavras, e não quer sufocar ou convencer, ao contrário do que muitos pensam, Ele só quer Amar. Foi por meio desse Amor que todo paradigma se quebrou e toda sombra de ceticismo se esvaiu da minha vida. O Amor tem o poder de transformar.

Se eu quero abraçar o mundo? Pode ser, mas garanto que só com os meus braços eu não consigo. Tem alguém que tem o melhoooooor abraço do mundo, e é por meio Dele que eu quero espalhar esse amor.

Já abraçou alguém hoje?
Se você está lendo isso, receba o meu abraço.
Com amor (I Co 13),
Mary.

Ouvindo Here I go again - Casting Crowns